domingo, 8 de maio de 2011

*O Poder de Sentir*

Ele tinha-me prometido que eu um dia ia conseguir sorrir gratuitamente. Quando lhe virei as costas e o troquei por um muito mais escuro, então ele vingou-se de mim. Dizem as más línguas que a vida é feita de caminhos cruzados, mas eu sempre idealizei a minha vida com um bocadinho mais de bom senso. Não gosto muito de mapas, mas comprei um GPS quando passei a fase da adolescência. Por amor de deus, será possível que ele se tenha avariado e que não seja substituível? Afinal a raça humana não substitui tudo?! Enquanto estive de costas viradas para ele, ele deve-se ter esquecido de mim. “Mundo só há um”, mas realmente nós conseguimos fazer parte de muitos. Sinto-me um bocado como uma peça da playmobil, em que um gigante qualquer, vulgo nós humanos, constrói e destrói e faz de mim o que quer. E não é assim que funciona o mundo?! Nós culpamos a natureza das grandes catástrofes, mas será mesmo a natureza? Não será um gigante qualquer, vulgo seja lá ele o que for, que brinca connosco como um jogo de playstation? Não seremos todos, mais um personagem do SIMS real?!
Um quadro abstracto consegue ser tão mais simples de entender que eu… gostava que ele entendesse isso, que me desse o valor de um ser real e não de um boneco, e que ele percebesse que eu, tal como ele, também sinto.

Rita

"... oceanos..."

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

The End!

O mar no verão é calmo, pacifico, cansado, paciente e mentiroso. No inverno é sincero, revoltado, honesto, compreensivo, bruto, explosivo e ao mesmo tempo o teu amigo mais fiel. No verão lembram-se dele a toda a hora, no inverno esquecem-se... que ele existe. O mar não cabe num copo de água, tal como as coisas que sentimos ou nos fazem sentir. Ele odeia o mal, mas também odeia o bem… porque ele vale mais que a terra e mais que o céu, porque ele limita-se a ser coerente e imparcial, porque ele transborda sem pedir autorização, porque ele alimenta-se de dar vida em vez de a tirar… burros são aqueles que se matam no mar. O mar transmite respeito, pela sua grandiosidade e inconstância, mas se reparares, o ser humano consegue ser muito mais inconstante que o mar, consegue ser muito mais perigoso que o mar, consegue ter delírios muito mais graves. Ar, Água, Terra e Fogo (esta é a ordem dos elementos)!
Quanto a ti… e acerca disso que dizes em cima… tudo isso…

Sabes porque é que preferes o mar no verão? Porque no inverno ele é igual a ti!

Plim*

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Alguém

A psicologia do ser humano é estúpida e confusa. Adaptamo-nos a estereótipos e esquecemo-nos que existem comboios que não devemos apanhar, porque nos tornam banais e comuns. Encarrilamos todos na mesma linha de pensamento tradicional do que se deve e do que não se deve fazer, mas esquecemo-nos sempre do que queremos e não queremos fazer. É interessante como cada vez que nos sentimos culpados é por fazer alguma coisa que queremos. Somos criticados e enxovalhados pela sociedade, somos repreendidos pelos nossos pais, que acham sempre que o nosso bem é o que diz na Constituição e nas Leis todas que regem o mundo, mas no fundo no fundo, sentimos sempre um vazio profundo que nos permite descodificar um planeta mental completamente diferente daquele em que vivemos fisicamente. Um planeta pacífico, mas recheado de contratempos, cheio e vazio ao mesmo tempo. Mas é tão bom quando encontramos alguém com quem podemos partilhar o espaço mental e não só o físico… e é tão bom quando não temos de pedir autorização para nos darmos bem com esse(s) alguém!

"...porque existem marés de gente"